- Alô?
- Err.. Marina? É você? - Ai meu deus! era exatamente essas palavras que se passaram na minha cabeça nesse momento! Como justamente esse garoto conseguiu o meu telefone? Não pense que esse garoto é um popular e bonitão da vida.. Não.. Você acha? Para garotas como eu, esses deuses não ligam (literalmente). Eu tenho que receber ligações desse tipo de garoto que esta na linha comigo agora! Um geek! Exato! Um nerdzinho do computador, que acha que a coisa mais incrível do mundo é joga aqueles games de simulação que você pode ser um rapper cheio da grana com um monte de gostosas atrás.. É cara.. eu mereço um cara desses.. O pior é que o cara é meu vizinho! Então vira-e-mexe ele aparece aqui, com aqueles óculos estilo Harry Potter fundo de garrafa, espinhas lindas e roupas que nem o meu avô ousaria usar.. Uma vez perguntei porque ele não faz um tratamento de pele, sabe o que ele me disse?: "Eu não ligo pra aparência, pois quem eu conheço nunca me ve pessoalmente, só tenho amigos virtuais!" eu quase chorei coitado. Eu sei.. Eu acabei de praticamente joga o garoto na lixeira agora mesmo quando o descrevi.. Mas o caso é que ele perdeu todos os amigos do nada! Simples assim! Ele me disse que ele tinha vários amigos, mas aí eles não se gostavam e descidiram que se ele queria ficar com as duas turminhas não dava, então decidiram excluí-lo! Que horror né? Aí ele entro em depressão, foi um auê aqui na vizinhança que vo te conta.. ele tento se suicida.. aí, foi uma loucura! Bom, voltando a conversa:
- Oi Rodrigo, sou eu sim..
- Ah! Então? Conseguiu faze aquele dever de física? Se quisér posso de ajudar, é muito simples. É só você acrescentar trabalho, sobre duas vezes energia, então você já pode usar a fórmula de báscara e blábláblá.. - Foi só isso que ouvi, porque iniciou uma enchurrada de fórmulas que eu não estava nem um pouco a fim de saber numa sexta-feira à noite..
- Arãã.. Claro Rodrigo.. Sei..sei.. Interessantísimo mesmo.. É fascinante! - Sempre que ele começava com esses papinhos adoraveis eu dizia exatamente essas palavras, é incrível como mesmo tendo um QI muito mais elevado que o meu ele sempre caia nessa.. Tanto que ele disse:
- Sabe, hoje é sexta à noite.. To sem nada pra faze, e pelo visto você também não, né? Você quer vir aqui? Podemos ver Jornada nas Estrelas, que tal?
Ai meu deus, socorro! O que eu faço? Não posso dizer a verdade: "Eu não gosto de você amigo, ok? Agora eu sei porque seus amigos te deixaram, não tem nada a ve com aquela lorota que você me disse, é simples. Porque você é entediante, saco? Chato! Quem assiste Jornada Nas Estrelas, numa sexta a noite?! Quem?!? Eu não gosto de você, então para de me percegui!" (Ok.. Eu não sou tão má, só pensei tudo isso porque estou meio nervosa hoje). Mas não posso dizer isso, porque aí sim ele se mataria mesmo! Não posso dizer uma mentira total: "Não, é que eu vo na casa de uma amiga minha hoje estuda geometria. E também que meu namorado não deixaria sabe.. Ele é muito ciumento.." Ok, também não rola.. E.. Que tal uma meia verdade?
- Não dá.. Porque hoje eu tenho muita lição pra fazer, porque vou sair com minhas amigas no fim-de-semana e não quero ter lição nenhuma para me preoculpar, sabe? - É.. Não era realmente uma mentira. Eu tinha mesmo muita lição pra fazer, eu só não as faria hoje. E eu realmente iria sair com meus amigos nesse fim de semana, eu preciso conquistar o Rick! Mas pra minha tristeza não foi tão simples assim..
- Bom, tudo bem.. Fica pra outro dia. Alias, já que estou falando com você. Você sabe se já lançou o quit de roupa completa da Princesa Léa?
- Sei lá, Rodrigo! Eu não sei dessas coisas! - estou tentando me lembrar de alguma vez que eu disse que gostava de Guerra nas Estrelas.Não, eu sei que eu nunca disse isso. Então porque ele disse: "já que estou falando com você" ?Bom, tanto faz..
- Ah, é que eu finalmente vou numa festa, porém me disseram que vai ser uma festa à fantasia invetida. Meninos vestidos de menina, meninas vestidas de menino.
Quando ele me disse isso eu achei estranho, porque esse tipo de festa já tinha saído de moda a muito tempo, mesmo pros nerds. Foi aí que saquei! Eles queriam fazer uma pegadinha no Rodrigo, era isso! Óbvio, tão óbvio que eu não sei como ele não conseguiu enxergar isso até agora. Pelo visto ele não é muito do tipo que ve filmes como Meninas Malvadas em que coisas desse tipo sempre acontecem.. Ele tava tão feliz de ser convidado pra uma festa que nem percebeu.. Acho melhor eu avisá-lo antes que ele pague o maior mico da vida dele..
- Ér.. Rodrigo, posso te dar um conselho?
- Claro.. - ele fez uma voz mais grave, acho que ele pensou que isso era uma voz sedutora.. não rolou a sedução..
- Não vá a essa festinha aí..
- Porquê? - Como ia dizer isso de uma forma sensível sem machucá-lo?
- Eu tenho um mau pressentimento sobre essa festa, quem te convidou pra essa festa?
- O dono do Perfect World, mesmo com a maioria das pessoas desse jogo não gostando de mim, ele gosta. Então achou que seria legal eu ir a essa festa.. - Ele disse isso todo convencido, mas eu sabia que essa era a comprovação de essa festa seria uma armadilha..
- Que bom que ele é seu amigo, mas acho que não seria uma boa idéia.. As coisas podem não rola muito bem lá.. Eu sinto isso.. Confie em mim e não vá!
Ele fico um tempo sem fala, provavelmente tentando escolher: Marina ou festa do Perfect World? Então para manejar a escolha dele, fiz algo que disse que jamais faria na minha vida. Algo que é.. arg.. nem da pra dizer, eu só fiz..
- Rodrigo, essa festa vai ser sábado, né?
- Sim..
- Quer sair comigo, podemos ir ao cinema, que tal? - arg.. vou me arrepender por isso a semana toda.. De repente ele começou a respirar forte, alto e rápidamente. Ai, eu to fazendo o garoto te um ataque cardíaco! Mas ele logo respondeu o que eu esperava:
- Claro! Claro! Te pego aí as 7, ok? Vamos ver.. Verdade nua e crua, ok? - ele falava tudo rápido e embaralhado..
- Ta..
- Tchau então!! - ele tava todo animado, e eu com vontade de me enfia numa mala em direção a Madagascar e nunca mais volta..
Bom, na verdade ele é meio nerdizinho demais mas é gente fina. Só tem suas recaídas.. Mas no fundo é um cara legal. Acho que é por isso que ainda do bola pra ele.. Mas espero que ele perceba que isso não é exatamente um encontro, só estou tentando livrá-lo de uma cilada. Eu devia já ta no céu depois dessa, que boa ação.. Ele ta me devendo uma.
domingo, 29 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
O caçador de mistérios PARTE 1, 2 e 3
Clique aqui para ler a parte 4
(parte 1)
Ela era de longe a moça mais bonita do lugar.
Sob a luz fraca da taverna, ela estava sentada na mesa perto do balcão, olhando para a porta pela qual entrei.
Seu vestido deixava o colo e o ombro aparecendo, e como estava com os cabelos presos num nó ao alto da cabeça, o colar em seu pescoço, uma corrente com um coração de prata, se destacava.
Sua pele era branca, os cabelos castanhos arruivados e os olhos escuros. Com sua boca vermelha em formato de coração, parecia uma boneca. Seu vestido vermelho vinho contrastava com a cor de sua pele.
Todo homem naquele lugar a desejava, isto estava óbvio, porém nem um se atrevia a chegar perto, nem os mais bêbados ou os mais sóbrios.
E ela continuava com o olhar fixo à porta, esperando alguém, e esperando e esperando.
Cheguei junto ao balcão, e logo perguntei dela ao taverneiro, um senhor com cabelos brancos na altura do ombro, e um nariz pontudo. Ele enxugava os copos enquanto falava.
"Ah, nossa querida Lucie. Eu a vi crescer correndo por ai, e a vi se apaixonando. Se apaixonando pelo único homem que nunca teria: Jakk."
Fiquei intrigado, pois sou novo nessas bandas. E essa pacata cidade, Red Lake, é conhecida por seus mistérios, e todos têm a impressão de que suas casas escondem um segredo enorme. Foram estes boatos que me atrairam á região, e nesta conversa com o taverneiro farejei que renderia algumas informações para uma nova aventura.
Virei meu copo e entreguei à ele, com a intenção que o enchesse de novo.
"Quem é este Jakk que é tolo o suficiente para recusar a criatura mais bela que já presenciei?"
O taverneiro pegou a garrafa e encheu meu copo até a borda. Entregou-o para mim, apoiou o cotovelo no balcão e fez o sinal para que eu chegasse mais perto.
"Eu supostamente não deveria contar para ninguém, meu amigo, mas gostei de você, portanto vou de dar um conselho"- disse ele, num sussurro."Estou acostumado com viajantes querendo saber de nossa Lucie, e o porque de nem um homem se atrever a cortejá-la. Às vezes um tolo tenta, e acaba desaparecido. Portanto, eu te digo: fique longe de Lucie."
Olhei assustado para o taverneiro, que voltava a enxugar os copos. Ele agora olhava para Lucie, que por sua vez continuava a olhar para a porta.
Voltei à minha bebida, a esvaziando com um gole novamente. Quem seria Jakk, e por que recusara o amor de Lucie? O que acontecia aos homens que desapareciam ao cortejar a bela mulher?
(parte 1)
Ela era de longe a moça mais bonita do lugar.
Sob a luz fraca da taverna, ela estava sentada na mesa perto do balcão, olhando para a porta pela qual entrei.
Seu vestido deixava o colo e o ombro aparecendo, e como estava com os cabelos presos num nó ao alto da cabeça, o colar em seu pescoço, uma corrente com um coração de prata, se destacava.
Sua pele era branca, os cabelos castanhos arruivados e os olhos escuros. Com sua boca vermelha em formato de coração, parecia uma boneca. Seu vestido vermelho vinho contrastava com a cor de sua pele.
Todo homem naquele lugar a desejava, isto estava óbvio, porém nem um se atrevia a chegar perto, nem os mais bêbados ou os mais sóbrios.
E ela continuava com o olhar fixo à porta, esperando alguém, e esperando e esperando.
Cheguei junto ao balcão, e logo perguntei dela ao taverneiro, um senhor com cabelos brancos na altura do ombro, e um nariz pontudo. Ele enxugava os copos enquanto falava.
"Ah, nossa querida Lucie. Eu a vi crescer correndo por ai, e a vi se apaixonando. Se apaixonando pelo único homem que nunca teria: Jakk."
Fiquei intrigado, pois sou novo nessas bandas. E essa pacata cidade, Red Lake, é conhecida por seus mistérios, e todos têm a impressão de que suas casas escondem um segredo enorme. Foram estes boatos que me atrairam á região, e nesta conversa com o taverneiro farejei que renderia algumas informações para uma nova aventura.
Virei meu copo e entreguei à ele, com a intenção que o enchesse de novo.
"Quem é este Jakk que é tolo o suficiente para recusar a criatura mais bela que já presenciei?"
O taverneiro pegou a garrafa e encheu meu copo até a borda. Entregou-o para mim, apoiou o cotovelo no balcão e fez o sinal para que eu chegasse mais perto.
"Eu supostamente não deveria contar para ninguém, meu amigo, mas gostei de você, portanto vou de dar um conselho"- disse ele, num sussurro."Estou acostumado com viajantes querendo saber de nossa Lucie, e o porque de nem um homem se atrever a cortejá-la. Às vezes um tolo tenta, e acaba desaparecido. Portanto, eu te digo: fique longe de Lucie."
Olhei assustado para o taverneiro, que voltava a enxugar os copos. Ele agora olhava para Lucie, que por sua vez continuava a olhar para a porta.
Voltei à minha bebida, a esvaziando com um gole novamente. Quem seria Jakk, e por que recusara o amor de Lucie? O que acontecia aos homens que desapareciam ao cortejar a bela mulher?
Mexi meu copo, admirando a pedra de gelo derretendo ao fundo.
Senti que o mistério de Red Lake estava sob minhas mãos.
E eu ia desvendá-lo.
Afinal, este è meu trabalho.
(parte 2)
Ao começar a me sentir meio zonzo por causa da bebida, decidi ir embora. Me despedi do taverneiro, que se apresentou como Joe,e dei mais uma olhada para a bela Lucie, que continuava a esperar sentada no banco, olhando para a porta.
Saí da taverna, e demorei um pouco para me lembrar em que direção ficava minha hospedaria. A cidade era pequena, porém as ruas iguais. Todas marcadas pelas casas de madeira,o chão de terra, o mesmo ar de mistério. Era quase visível esse véu de segredo, de tão intenso.
Fui andando conforme meu instinto dizia, já estava tarde e não se via ninguém no caminho.
Fui parar em uma rua escura, e em seu final se via uma floresta. Localizei minha hospedaria no final da rua, e fui caminhando em sua direção.
Porém, ao chegar perto do meu destino, vi algo se mover entre os arbustros na floresta. Era uma sombra, apertei os olhos para enxergar melhor e me movi para uma posição de alerta e defesa.
Demorei um tempo para identificar com o que a sombra se parecia. Virei a cabeça e me aproximei um pouco. Lembrava um cão, porém diferente, um pouco maior e com um focinho fino.
Aquela figura me lembrava muito um coiote.
PS: parte 3 temporária.
Senti que o mistério de Red Lake estava sob minhas mãos.
E eu ia desvendá-lo.
Afinal, este è meu trabalho.
(parte 2)
Ao começar a me sentir meio zonzo por causa da bebida, decidi ir embora. Me despedi do taverneiro, que se apresentou como Joe,e dei mais uma olhada para a bela Lucie, que continuava a esperar sentada no banco, olhando para a porta.
Saí da taverna, e demorei um pouco para me lembrar em que direção ficava minha hospedaria. A cidade era pequena, porém as ruas iguais. Todas marcadas pelas casas de madeira,o chão de terra, o mesmo ar de mistério. Era quase visível esse véu de segredo, de tão intenso.
Fui andando conforme meu instinto dizia, já estava tarde e não se via ninguém no caminho.
Fui parar em uma rua escura, e em seu final se via uma floresta. Localizei minha hospedaria no final da rua, e fui caminhando em sua direção.
Porém, ao chegar perto do meu destino, vi algo se mover entre os arbustros na floresta. Era uma sombra, apertei os olhos para enxergar melhor e me movi para uma posição de alerta e defesa.
Demorei um tempo para identificar com o que a sombra se parecia. Virei a cabeça e me aproximei um pouco. Lembrava um cão, porém diferente, um pouco maior e com um focinho fino.
Aquela figura me lembrava muito um coiote.
Então, rápida como surgiu, a criatura desapareceu.
Refleti, consternado. Talvez fosse apenas mais uma alucinação de minha embriaguez, ou meus olhos estavam me pregando uma peça, pois me recordo que coiotes só encontrei em minhas expedições mais ao sul, e que nesta região não havia deles.
Como ele havia sumido entre as sombras, resolvi equecê-lo.
Entrei em minha hospedaria, e como não havia ninguém para me recepcionar, subi direto para meu quarto.
Entrei em minha hospedaria, e como não havia ninguém para me recepcionar, subi direto para meu quarto.
Suspirei e acendi uma vela para iluminar o ambiente. Fazia dias que não dormia sob um teto, a viagem fora longa e cansativa.
Tirei minha pistola de bolso, a Rose. Companheira de viagens, deixei-a embaixo do travesseiro, pois foi mais de uma vez que recebi uma visita inesperada no meio da noite.
Após me lavar, sentei em minha cama e decidi que pela manhã pediria informações à dona da hospedaria, Helen. Ela se apresentou como uma moça gentil e atraente, com cabelos loiros longos e voz macia. Tenho certeza de que não se importaria de passar informações sobre alguma biblioteca na região, já que fora ela que me indicara a taverna.
Estava exausto, então decidi que merecia uma noite de descanso. O sono já me dominava e minhas pálpebras estavam pesadas, então deitei-me.
(parte 3)
Acordei cedo, e percebi que a cidade não era sombria apenas á noite, mas também de manhã.
Me lavei rapidamente, me vesti, peguei Rose e desci as escadas em direção à portaria. Estava com um leve latejar na cabeça, um pouco de ressaca da noite anterior.
Na recepção estava Helen, graciosa e meiga. Ao me ver ela sorriu, pediu licença ao cliente com qual conversava e caminhou até minha direção.
"Deseja algo senhor?" disse ela na voz macia. Hoje ela usava um vestido azul claro, que combinava com sua pele rosada.
"Sim, eu gostaria de algumas informações" eu disse olhando-a nos olhos, gentis e castanhos, e perguntei sobre a biblioteca municipal. Ela disse que se quisesse, me acompanharia, os arquivos estavam velhos e seria dificil de encontrar o que eu queria.
Refleti sobre o convite. Por um lado, eu preferiria que minha investigação ficasse em sigilo, por talvez desagrado dos moradores, ou apenas por superstição, mas por outro lado, a compania de Helen era agradável, e eu precisaria de ajuda com os documentos.
Resolvi aceitar a ajuda de Helen. Ela se retirou por alguns instantes, e voltou com a notícia de que sua prima poderia ocupar o lugar na recepção por alguns instantes, já que logo pela manhã não havia tanto movimento. Foi apanhar seus pertences, e saímos juntos da hospedaria.
Tirei minha pistola de bolso, a Rose. Companheira de viagens, deixei-a embaixo do travesseiro, pois foi mais de uma vez que recebi uma visita inesperada no meio da noite.
Após me lavar, sentei em minha cama e decidi que pela manhã pediria informações à dona da hospedaria, Helen. Ela se apresentou como uma moça gentil e atraente, com cabelos loiros longos e voz macia. Tenho certeza de que não se importaria de passar informações sobre alguma biblioteca na região, já que fora ela que me indicara a taverna.
Estava exausto, então decidi que merecia uma noite de descanso. O sono já me dominava e minhas pálpebras estavam pesadas, então deitei-me.
(parte 3)
Acordei cedo, e percebi que a cidade não era sombria apenas á noite, mas também de manhã.
Me lavei rapidamente, me vesti, peguei Rose e desci as escadas em direção à portaria. Estava com um leve latejar na cabeça, um pouco de ressaca da noite anterior.
Na recepção estava Helen, graciosa e meiga. Ao me ver ela sorriu, pediu licença ao cliente com qual conversava e caminhou até minha direção.
"Deseja algo senhor?" disse ela na voz macia. Hoje ela usava um vestido azul claro, que combinava com sua pele rosada.
"Sim, eu gostaria de algumas informações" eu disse olhando-a nos olhos, gentis e castanhos, e perguntei sobre a biblioteca municipal. Ela disse que se quisesse, me acompanharia, os arquivos estavam velhos e seria dificil de encontrar o que eu queria.
Refleti sobre o convite. Por um lado, eu preferiria que minha investigação ficasse em sigilo, por talvez desagrado dos moradores, ou apenas por superstição, mas por outro lado, a compania de Helen era agradável, e eu precisaria de ajuda com os documentos.
Resolvi aceitar a ajuda de Helen. Ela se retirou por alguns instantes, e voltou com a notícia de que sua prima poderia ocupar o lugar na recepção por alguns instantes, já que logo pela manhã não havia tanto movimento. Foi apanhar seus pertences, e saímos juntos da hospedaria.
PS: parte 3 temporária.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Auto avaliação rotineira
Minha cabeça é tão confusa e meus sentimentos tão estranhos!
Não sei se é por causa dos hormônios da puberdade, ou simplesmente por minha personalidade, mas minha cabeça é uma CONFUSÃO.
Tantos sentimento que mudam e são tão diferentes entre si...
E o pior alvo deles? Eu mesma...
As vezes eu simplesmente me odeio. Me pergunto porque tive de nascer dessa forma, psicologicamente e fisicamente (principalmente).
Sabe, entre nascer bonita e inteligente, eu preferiria nascer bonita. Não porque eu dou mais valor a isso, justamente ao contrário, mas porque a sociedade de hoje em dia faz esta característica ser favorecida.
Mas é ai que eu penso na vida: nós buscamos a felicidade, e -mesmo que a maioria da pessoas não saibam- o conhecimento.
E para mim, conhecimento é substancial para a felicidade, então fico contente de ser eu mesmo, pois se não fosse, eu não saberia disso.
Não sei se é por causa dos hormônios da puberdade, ou simplesmente por minha personalidade, mas minha cabeça é uma CONFUSÃO.
Tantos sentimento que mudam e são tão diferentes entre si...
E o pior alvo deles? Eu mesma...
As vezes eu simplesmente me odeio. Me pergunto porque tive de nascer dessa forma, psicologicamente e fisicamente (principalmente).
Sabe, entre nascer bonita e inteligente, eu preferiria nascer bonita. Não porque eu dou mais valor a isso, justamente ao contrário, mas porque a sociedade de hoje em dia faz esta característica ser favorecida.
Mas é ai que eu penso na vida: nós buscamos a felicidade, e -mesmo que a maioria da pessoas não saibam- o conhecimento.
E para mim, conhecimento é substancial para a felicidade, então fico contente de ser eu mesmo, pois se não fosse, eu não saberia disso.
Inesperado
Finalmente terminei de subir essas escadas enormes, ao chegar no topo do prédio não tinha nada. Simplesmente nada. Nada a não ser uma vista linda da cidade de São Paulo, Brasil. Para aproveitar essa calmaria tão rara em meio a uma grande metrópole como São Paulo sente-me à beira da "cobertura" do prédio. Fiquei pensando em como estaria aquela amiga que um dia briguei feio, e ainda tenho que me desculpar, ou se não naquela pequena cidade de praia onde tive minha primeira paixonite de verão com um surfista muito lindo ou se não nos bons tempos de infância em que tudo era lento, fácil e mágico. Não existia complicações. Sem aquele garoto que lhe roubou seu coração, e ainda se esqueceu de devolve-lô. Ou aquela inimiga que você nem liga, mas que parece que se revira à noite na cama procurando uma forma de destruír você. Sem também aquele livro chato e entediante sobre o renascentismo, cheio de "tus" e "vós" que você sabe que tem que ler para quinta, mas hoje é segunda e você nem começou a ler. Uma época feliz, que as únicas preoculpações eram se hoje vai passar algum novo episódio de "As meninas super-poderosas".
Quando eu percebi, já esta anoitecendo, e minha sombra cobriu uma mínima parte de um prédio à frente que é todo espelhado. Porém a sombra esta estranha, não corresponde com a imagem que tenho de minha silhueta. Até que sinto dedos em minha face e alguém com uma voz masculina bem adolescente diz:
Quando eu percebi, já esta anoitecendo, e minha sombra cobriu uma mínima parte de um prédio à frente que é todo espelhado. Porém a sombra esta estranha, não corresponde com a imagem que tenho de minha silhueta. Até que sinto dedos em minha face e alguém com uma voz masculina bem adolescente diz:
- Adivinha quem é!?
Com o maior susto eu dei um pulo enorme, estava tão calma em meu refúgiu que nem ouvi ou vi o meu redor. E ainda mais, eu não tinha nenhum namorado, ou coisa do gênero, então não fazia a menor idéia de quem fosse..
- Sei lá! Me diga você quem é..
Ele riu, era um som rouco:
- Essa é a Jade que eu conheço.. - Então me soltou. Virei e vi, finalmente, quem era. Era Manoel.. Então arregualei meus olhos! Como assim só o Manoel?! Como ele me achou depois de tantos anos? Depois de quantos anos?? Acho que 5 anos.. Não me lembro, só sei que no momento que olhei em seus olhos algo bateu em meu peito, como um bicho querendo sair de uma gaiola preso a muito e muito tempo. Manoel fora meu primeiro amor. Foi quando percebi que a infância teminara e que agora só vinham os problemas da adolescência. É claro que na época eu não tinha essa consciência e tanto, mas hoje em dia eu tenho conciência de tal marco em minha vida. Tinhâmos apenas 10 anos, eramos os típicos namorados da mão-dadas, pois só faziamos isso. Na realidade eramos apenas grandes amigos, melhores amigos, mas você sabe como as crianças querem parecer crescidas, então eramos "namorados". A realidade é que eu o amava muito, mas ele me considerava sómente sua melhor amiga. Mas agora ele esta tão diferente. Magro, alto, com o corpo um tanto definido,mas uma cabeça de zabumba que vou te contar viu.. Mas ainda tinha o mesmo brilho no olhar e seu sorriso amigável.
Então para não parecer mais idiota do que já estava parecendo, já que estava à pelo menos 1 minuto sem fala:
- Nossa! Manoel! Quanto tempo! Como me achou? Como sabia que eu estaria aqui? E alias, como me reconheceu?? Ele riu pela minha surpresa e disse:
- Eu moro aqui nesse prédio, eu vi você passando pelo corredor do prédio, só que acho que seu iPod estava em volume tão alto que você não me ouviu.. E te reconheci porque ainda continuo sendo um bom fisionomista. Mesmo você tendo mudado tanto (então ele me olhou de cima a baixo).
Nesse momento corei um pouco, mas como se fosse possível eu corar, do jeito que sou morena! E disse-lho:
- Bom, não fui a única a mudar! Então, conseguiu finalmente uma namorada de beijos e não só de mãos dadas? - Acho que ele entendeu o trocadilho, e disse que sim, mas acrescentou que como a namorada de mãos dadas dele não houve nenhuma. Eu sorri com o elogio, aah, não me olhe com essa cara, eu era solteira, 15 anos.. ele tinha 16.. Nenhum crime. Tanto que foi ele quem passo as mãos pela minha cintura e foi ele quem me beijou. Então técnicamente, não fiz nada que não pudésse..
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
O caçador de mistérios PARTE 2
Quando comecei a me sentir meio zonzo por causa da bebida, decidi ir embora.Me despedi do taverneiro, que se apresentou como Joe,e dei mais uma olhada para a bela Lucie, que continuava a esperar sentada no banco, olhando para a porta.
Ao sair da taverna demorei um pouco para me lembrar em que direção ficava minha hospedaria. A cidade era pequena, porém as ruas iguais. Todas marcadas pelas casas de madeira,o chão de terra, o mesmo ar de mistério. Era quase visível esse véu de segredo, de tão intenso.
Fui andando conforme meu instinto dizia, já estava tarde e não se via ninguém no caminho.
Fui parar em uma rua escura, e em seu final se via uma floresta. Localizei minha hospedaria no final da rua, e fui caminhando em sua direção.
Porém, ao chegar perto do meu destino, vi algo se mover entre os arbustros na floresta. Me lembrava um cão, porém diferente, um pouco maior e com um focinho fino.
Aquela figura me lembrava muito um coiote.
Talvez fosse apenas mais uma alucinação de minha embriaguez, ou meus olhos estavam me pregando uma peça, pois me recordo que coiotes só encontrei em minhas expedições mais ao sul, e que nesta região não havia deles.
Como ele havia sumido entre as sombras, resolvi equecê-lo.
Entrei em minha hospedaria,e como não havia ninguém para me recepcionar, subi direto para meu quarto.
Tirei minha pistola de bolso, a Rose. Companheira de viagens, deixei-a embaixo do travesseiro, pois foi mais de uma vez que recebi uma visita inesperada no meio da noite.
Após me lavar, sentei em minha cama e decidi que pela manhã pediria informações à dona da hospedaria, Helen. Ela se apresentou como uma moça gentil e atraente, com cabelos loiros longos e voz macia. Tenho certeza de que não se importaria de passar informações sobre alguma biblioteca na região.
O sono me dominava e minhas palpebras estavam pesadas,então deitei em minha cama.
Comecei a relaxar, e me entreguei aos sonhos...
Ao sair da taverna demorei um pouco para me lembrar em que direção ficava minha hospedaria. A cidade era pequena, porém as ruas iguais. Todas marcadas pelas casas de madeira,o chão de terra, o mesmo ar de mistério. Era quase visível esse véu de segredo, de tão intenso.
Fui andando conforme meu instinto dizia, já estava tarde e não se via ninguém no caminho.
Fui parar em uma rua escura, e em seu final se via uma floresta. Localizei minha hospedaria no final da rua, e fui caminhando em sua direção.
Porém, ao chegar perto do meu destino, vi algo se mover entre os arbustros na floresta. Me lembrava um cão, porém diferente, um pouco maior e com um focinho fino.
Aquela figura me lembrava muito um coiote.
Talvez fosse apenas mais uma alucinação de minha embriaguez, ou meus olhos estavam me pregando uma peça, pois me recordo que coiotes só encontrei em minhas expedições mais ao sul, e que nesta região não havia deles.
Como ele havia sumido entre as sombras, resolvi equecê-lo.
Entrei em minha hospedaria,e como não havia ninguém para me recepcionar, subi direto para meu quarto.
Tirei minha pistola de bolso, a Rose. Companheira de viagens, deixei-a embaixo do travesseiro, pois foi mais de uma vez que recebi uma visita inesperada no meio da noite.
Após me lavar, sentei em minha cama e decidi que pela manhã pediria informações à dona da hospedaria, Helen. Ela se apresentou como uma moça gentil e atraente, com cabelos loiros longos e voz macia. Tenho certeza de que não se importaria de passar informações sobre alguma biblioteca na região.
O sono me dominava e minhas palpebras estavam pesadas,então deitei em minha cama.
Comecei a relaxar, e me entreguei aos sonhos...
domingo, 8 de novembro de 2009
O caçador de mistérios
Ela era de longe a moça mais bonita do lugar.
Sob a luz fraca da taverna, ela estava sentada na mesa perto do balcão, olhando para a porta pela qual entrei.
Seu vestido deixava o colo e o ombro aparecendo, e como estava com os cabelos presos num nó ao alto da cabeça, o colar em seu pescoço, uma corrente com um coração de prata, se destacava.
Sua pele era branca, os cabelos castanhos arruivados e os olhos escuros. Com sua boca vermelha em formato de coração, parecia uma boneca. Seu vestido vermelho vinho contrastava com sua pele branca.
Todo homem naquele lugar a desejava, isto estava óbvio, porém nem um se atrevia a chegar perto, nem os mais bêbados ou os mais sóbrios.
E ela continuava com o olhar fixo à porta, esperando alguém, e esperando e esperando.
Cheguei junto ao balcão, e logo perguntei dela ao taverneiro, um senhor com cabelos brancos na altura do ombro, e um nariz pontudo. Ele enxugava os copos enquanto falava.
"Ah, nossa querida Lucie. Eu a vi crescer correndo por ai, e a vi se apaixonando. Se apaixonando pelo único homem que nunca teria: Jakk."
Fiquei intrigado, pois sou novo nessas bandas. E essa pacata cidade, Red Lake, é conhecida por seus mistérios, e todos têm a impressão de que suas casas escondem um segredo enorme. Foram estes boatos que me atrairam á região, e nesta conversa com o taverneiro farejei que renderia algumas informações para uma nova aventura.
Virei meu copo e entreguei à ele, com a intenção que o enchesse de novo.
"Quem é este Jakk que é tolo o suficiente para recusar a criatura mais bela que já presenciei?"
O taverneiro pegou a garrafa e encheu meu copo até a borda. Entregou-o para mim, apoiou o cotovelo no balcão e fez o sinal para que eu chegasse mais perto.
"Eu supostamente não deveria contar para ninguém, meu amigo, mas gostei de você, portanto vou de dar um conselho"- disse ele, num sussurro."Estou acostumado com viajantes querendo saber de nossa Lucie, e porque nem um homem se atreve a cortejá-la. As vezes um tolo tenta, e acaba desaparecido. Portanto, eu te digo: fique longe de Lucie."
Olhei assustado para o taverneiro, que voltava a enxugar os copos. Ele agora olhava para Lucie, que por sua vez continuava a olhar para a porta.
Voltei à minha bebida, a esvaziando com um gole novamente. Quem seria Jakk, e por que recusara o amor de Lucie? O que acontecia aos homens que desapareciam ao cortejar a bela mulher?
Senti que o mistério de Red Lake estava sob minhas mãos.
E eu ia desvendá-lo.
Afinal, este è meu trabalho.
Sob a luz fraca da taverna, ela estava sentada na mesa perto do balcão, olhando para a porta pela qual entrei.
Seu vestido deixava o colo e o ombro aparecendo, e como estava com os cabelos presos num nó ao alto da cabeça, o colar em seu pescoço, uma corrente com um coração de prata, se destacava.
Sua pele era branca, os cabelos castanhos arruivados e os olhos escuros. Com sua boca vermelha em formato de coração, parecia uma boneca. Seu vestido vermelho vinho contrastava com sua pele branca.
Todo homem naquele lugar a desejava, isto estava óbvio, porém nem um se atrevia a chegar perto, nem os mais bêbados ou os mais sóbrios.
E ela continuava com o olhar fixo à porta, esperando alguém, e esperando e esperando.
Cheguei junto ao balcão, e logo perguntei dela ao taverneiro, um senhor com cabelos brancos na altura do ombro, e um nariz pontudo. Ele enxugava os copos enquanto falava.
"Ah, nossa querida Lucie. Eu a vi crescer correndo por ai, e a vi se apaixonando. Se apaixonando pelo único homem que nunca teria: Jakk."
Fiquei intrigado, pois sou novo nessas bandas. E essa pacata cidade, Red Lake, é conhecida por seus mistérios, e todos têm a impressão de que suas casas escondem um segredo enorme. Foram estes boatos que me atrairam á região, e nesta conversa com o taverneiro farejei que renderia algumas informações para uma nova aventura.
Virei meu copo e entreguei à ele, com a intenção que o enchesse de novo.
"Quem é este Jakk que é tolo o suficiente para recusar a criatura mais bela que já presenciei?"
O taverneiro pegou a garrafa e encheu meu copo até a borda. Entregou-o para mim, apoiou o cotovelo no balcão e fez o sinal para que eu chegasse mais perto.
"Eu supostamente não deveria contar para ninguém, meu amigo, mas gostei de você, portanto vou de dar um conselho"- disse ele, num sussurro."Estou acostumado com viajantes querendo saber de nossa Lucie, e porque nem um homem se atreve a cortejá-la. As vezes um tolo tenta, e acaba desaparecido. Portanto, eu te digo: fique longe de Lucie."
Olhei assustado para o taverneiro, que voltava a enxugar os copos. Ele agora olhava para Lucie, que por sua vez continuava a olhar para a porta.
Voltei à minha bebida, a esvaziando com um gole novamente. Quem seria Jakk, e por que recusara o amor de Lucie? O que acontecia aos homens que desapareciam ao cortejar a bela mulher?
Senti que o mistério de Red Lake estava sob minhas mãos.
E eu ia desvendá-lo.
Afinal, este è meu trabalho.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
agora mesmo
eu queria sair daqui e ir para bem longe, longe de todo mundo. ninguem sentiria minha falta mesmo. quem sabe nova yorque, há chances com os peeps. ou inglaterra. o iemêm servia.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Vista
De lá dava para ver o rio.
Ele estava bonito, á noite. Pena que nas bordas transbordavam garrafas de plástico, sujeira e até um sofá de espuma, meio submerso, com as molas aparecendo.
Sem falar no cheiro.
Mas o jeito em que o finzinho de sol batia nele era bonito. Apesar de sujo, refletia perfeitamente o céu, agora começando a ficar azul escuro, e no horizonte atrás dos prédios mais altos se ver o vestígio de sol, e daquela parte se forma um degrade do rosa.
Olhei além do rio. A cidade. Infinita, ultrapassava o horizonte, com seus prédios altos, mas que desta distancia, pareciam pequenos. Em alguma casas já se via a luz acesa, e essas janelas brilhavam como pequenos vaga-lumes no meio dos cinza escuros dos edifícios.
Eu gostava de lá.
Olhei para o barranco em minha frente. Dava direto para o rio. Atrás de mim, a parede de uma casa em minha rua, rua que acabava naquele barranco. Olhei para cima. Tinha um pequenino lustre, já com a luz acesa. Ao seu redor, zanzavam mosquitinhos atraídos pela luz.
Definitivamente, eu gostava de lá.
Olhei novamente para a cidade. No fundo tinha uma torre alta, praticamente invisível, se não fosse a pequena luz vermelha que piscava freneticamente no fundo.
Olhei melhor, haviam várias outras torres, algumas até mais altas que os prédios mais altos daquela cidade enorme.
Pensei nas janelinhas-vaga-lumes. Atrás de cada uma daquelas janelas tinha uma pessoa, talvez várias. Talvez uma família. Talvez estivessem dando uma festa, ou vendo um filme de terror. Podem estar lendo, vendo t.v., ou conversando.
Podia ser apenas uma pessoa, brincando com seu gato. Ou terminando um trabalho para a faculdade. Ou falando no telefone com o amigo.
Podia ser um casal, brigando. Um casal jovem, namorando, ou um casal de velhinhos tricotando.
Ou uma garota. Sozinha. Morava longe de casa, havia se mudado para a cidade grande pensando em melhorar a vida. Ela podia ter brigado com o garoto que gostava, e podia estar sozinha chorando em seu quarto. Suas lágrimas podiam estar fervendo pelo seu rosto, correndo pelas bochechas. Ela estava sozinha, completamente só.
Olhei de novo para o rio. Agora refletia apenas o azul escuro do céu, e milhares de pontinhos, que eram as estrelas. Todas as janelas já tinham a luz acesa, e a cidade brilhava.
Dei um suspiro. Me apoiem em uma mão, e depois na parede, e fiquei de pé.
Dei mais uma olhada para o rio, depois me virei e fui andando pela ruela escura.
Ele estava bonito, á noite. Pena que nas bordas transbordavam garrafas de plástico, sujeira e até um sofá de espuma, meio submerso, com as molas aparecendo.
Sem falar no cheiro.
Mas o jeito em que o finzinho de sol batia nele era bonito. Apesar de sujo, refletia perfeitamente o céu, agora começando a ficar azul escuro, e no horizonte atrás dos prédios mais altos se ver o vestígio de sol, e daquela parte se forma um degrade do rosa.
Olhei além do rio. A cidade. Infinita, ultrapassava o horizonte, com seus prédios altos, mas que desta distancia, pareciam pequenos. Em alguma casas já se via a luz acesa, e essas janelas brilhavam como pequenos vaga-lumes no meio dos cinza escuros dos edifícios.
Eu gostava de lá.
Olhei para o barranco em minha frente. Dava direto para o rio. Atrás de mim, a parede de uma casa em minha rua, rua que acabava naquele barranco. Olhei para cima. Tinha um pequenino lustre, já com a luz acesa. Ao seu redor, zanzavam mosquitinhos atraídos pela luz.
Definitivamente, eu gostava de lá.
Olhei novamente para a cidade. No fundo tinha uma torre alta, praticamente invisível, se não fosse a pequena luz vermelha que piscava freneticamente no fundo.
Olhei melhor, haviam várias outras torres, algumas até mais altas que os prédios mais altos daquela cidade enorme.
Pensei nas janelinhas-vaga-lumes. Atrás de cada uma daquelas janelas tinha uma pessoa, talvez várias. Talvez uma família. Talvez estivessem dando uma festa, ou vendo um filme de terror. Podem estar lendo, vendo t.v., ou conversando.
Podia ser apenas uma pessoa, brincando com seu gato. Ou terminando um trabalho para a faculdade. Ou falando no telefone com o amigo.
Podia ser um casal, brigando. Um casal jovem, namorando, ou um casal de velhinhos tricotando.
Ou uma garota. Sozinha. Morava longe de casa, havia se mudado para a cidade grande pensando em melhorar a vida. Ela podia ter brigado com o garoto que gostava, e podia estar sozinha chorando em seu quarto. Suas lágrimas podiam estar fervendo pelo seu rosto, correndo pelas bochechas. Ela estava sozinha, completamente só.
Olhei de novo para o rio. Agora refletia apenas o azul escuro do céu, e milhares de pontinhos, que eram as estrelas. Todas as janelas já tinham a luz acesa, e a cidade brilhava.
Dei um suspiro. Me apoiem em uma mão, e depois na parede, e fiquei de pé.
Dei mais uma olhada para o rio, depois me virei e fui andando pela ruela escura.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
A sweet bite of love.
Ele segurou minha mão.
Então, eu aqueci por dentro.
O sentimento de calor começou no lugar em que sua pele me tocava e se espalhou por todo meu corpo, uma onda fervendo...
Fechei meus olhos, queria memorizar seu toque. Sua mão era macia e quente, e seus dedos estavam fechados sobre os meus. A mão dele cobria a minha inteira. Me senti como num abraço, segura e envolvida, protegida.
Protegida por ele.
O lugar em que me tocava queimava, e minha mente estava a mil. Girava e girava, tranquila e energética, em paz, em êxtase...
"Você está bem?"
Abro os olhos. Ele me olhava.
"Melhor que nunca."-respondi, e apertei ainda mais sua mão.
Um sentimento de um segundo (como o momento em que ele segura a mão dela) dura muito tempo, muitos pensamentos, muitas sensações, e muitas palavras.
Então, eu aqueci por dentro.
O sentimento de calor começou no lugar em que sua pele me tocava e se espalhou por todo meu corpo, uma onda fervendo...
Fechei meus olhos, queria memorizar seu toque. Sua mão era macia e quente, e seus dedos estavam fechados sobre os meus. A mão dele cobria a minha inteira. Me senti como num abraço, segura e envolvida, protegida.
Protegida por ele.
O lugar em que me tocava queimava, e minha mente estava a mil. Girava e girava, tranquila e energética, em paz, em êxtase...
"Você está bem?"
Abro os olhos. Ele me olhava.
"Melhor que nunca."-respondi, e apertei ainda mais sua mão.
Um sentimento de um segundo (como o momento em que ele segura a mão dela) dura muito tempo, muitos pensamentos, muitas sensações, e muitas palavras.
Mudanças
Pretendo mudar meu blog constantemente, como eu mudo meu humor.
Hoje acordei romantica e divertida, e resolvei reajustar meu blog.
Gostei do resultado, apesar de que sei que amanhã irei acordar diferente e irei pensar em mudar de novo.
Obrigada pela leitura :D
Hoje acordei romantica e divertida, e resolvei reajustar meu blog.
Gostei do resultado, apesar de que sei que amanhã irei acordar diferente e irei pensar em mudar de novo.
Obrigada pela leitura :D
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