Correndo. Correndo pela vida.
Ofegante, cerrava os olhos para tentar enxergar na escuridão através dos galhos que arranhavam meus braços. Tomava cuidado com as raízes soltas, prontas para eu tropeçar. E se eu tropeçasse, seria meu fim.
A floresta estava silenciosa, os únicos ruídos eram meus passos e minha respiração pesada. Mas eu não me enganava. A criatura ainda estava atrás de mim.
E eu não podia parar.
Minhas pernas ardiam e meu corpo pedia para parar. Eu não podia olhar para trás, podia tropeçar.
Então, por entre as árvores, visualizei uma mudança de cenário. Me encontrei na beira de um penhasco, com o rio embaixo.
Paralisei, olhando para baixo. Qual decisão tomar?
Podia sentir a criatura se aproximando. Ela era totalmente silenciosa, mas eu a sentia. Respirei fundo, e deixei meu corpo cair em direção ao rio.
Durante a queda, me senti como em um sonho. Eu flutuava, e sentia meu corpo cortando o vento. Sentia a luz da lua iluminando minha pele, e meu cabelo voando. Fiquei de olhos fechados.
Até que meu corpo foi invadido por uma onda de frio. Eu havia mergulhado na água.
Debatendo meus braços e pernas, lutei para chegar á superfície. A correnteza não estava muito forte. Nadei desesperadamente para a margem, sabendo que a criatura me seguiria.
Ao alcançar a terra, deitei um pouco, respirando. Meu corpo não aguentaria.
Mas, de repente, vi a criatura mergulhando na água. Ela pulara do penhasco.
Eu não vi, mas sabia que nesse momento meu sistema endócrino estava funcionando, e que minhas glândulas supra-renais estavam me ajudando, liberando hormônios na minha corrente sanguínea, preparando meu corpo para grande esforço físico, elevando minha tensão arterial, estimulando meu coração, e contraindo meus músculos.
Meu corpo me ajudara, liberando adrenalina.
Apoiando o peso de meu corpo sobre minha mão, me levantei e sai correndo.
Mais uma vez.
Eu aguentaria correr até a vila? Eu não sabia. A criatura me alcançaria? Daqui a alguns minutos eu saberia. Eu iria sobreviver?
Não tinha tanta certeza.
Apenas continuei correndo, penetrando novamente na floresta escura.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Simplesmente.
Eu te amo. Amo o jeito que você sorri. Amo (muito!) seus dentes com diastema. Amo seus lábios (e amo beijar eles). Amo sua covinha envolta da boca (e a ssegunda menor). Amo seu piercing. Amo suas bochechas (molinhas). Amo as quatro pintinhas que você tem no maxilar. Amo seu maxilar. Amo seu nariz muito tchunis. Amo a pintinha do lado do teu nariz. Amo suas olheiras de cafajeste de NY. Amo seus olhos pretos e grandes, como duas jabuticabas. Amo suas sombracelhas grossas. Amo seu cabelo desgrenhado e macio. Amo seu pescoço (hehe). Amo (MUITO) suas clavículas, e as pintinhas nela, que me provocam (elas FALAM COMIGO!). Amo sua barriga (:XXXX). Amo cada parte do seu corpo. Amo o jeito que você diz meu nome. Amo o jeito que você diz "não te preocupa". Amo o jeito que você diz "te amo". Amo o seu sotaque (sexy !:XX). Amo cada palavra que sai de ti. Amo a expressão que você faz quando fica irritado, bravo por que mexeram comigo, com cara de dinossauro da Era do Gelo, de criança em frente a loja de doces, amo sua cara de pudim. Amo o jeito que você me toca, me olha, me beija ( e outros mais), amo o jeito que você anda, o jeito que você semicerra os olhos para enxergar direito (vá comprar os óculos de uma vez!). Amo o jeito que você me ama, o jeito que às vezes briga comigo, ou me repreende, ou me consola. Amo ir ao cinema contigo, amo ir ao parque contigo, amo andar contigo, amo estar na sua presença. Amo nossas conversas até a madrugada (apesar de algumas dela serem interrompidas), amo o Brigadeiro, amo quando você fala que me adora (e minhas coxas). Amo você ter vindo para Amparo, amo você ter chorado na hora de ir embora, amo você ter feito aquela semana a melhor da minha vida. Amo por ter te achado, amo por estar com você, amo cada segundo que falo contigo. E eu apesar de tudo, odeio a distância, odeio a insegurança, odeio implícitos, odeio eu chorar. Mas eu amo quando a distância é quebrada. Amo quando você me deixa segura. Amo quando os implícitos se vão. Amo quando você limpa minhas lágrimas. Amo umonte de coisas mais. Você é perfeito.
Amo você. Não se esqueça.
Amo você. Não se esqueça.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
sábado, 6 de fevereiro de 2010
A terminar
Então eu caí.
Ele era tão lindo que eu me distraí e tirei a mão do cano em que eu me apoiava.
E então, a velocidade do metrô vezes a terceira lei de newton me fizeram cair.
Eu me assustei. Você não se acostuma a estar sozinha num metrô as 7 horas da noite e então um cara daquele tipo entrasse.
Segurando uma guitarra.
Foi a primeira coisa que vi. A guitarra, quero dizer. Foi como numa camera lenta. Lá estava eu, com meus fones de ouvido, ouvindo minha música preferida no momento (Fluorescent Adolescent, do Arctic Monkeys), refletindo sobre o quanto eu gosto de metrô (muito), quando paro na estação e as portas se abrem.
E eu vejo aquele cabo.
E então, a guitarra.
E então, ele.
Ele usava preto. Típico.
Cabelos castanhos, um pouco compridos. Meio gótico.
E ele me olhou. Cara, ele me olhou. Ele não passou os olhos por mim, ele me olhou. Como se me esperasse, como se soubesse que eu estava ali.
E, sob os olhos verdes semicerrados, um par de olheiras.
E sorriu.
De lado.
O lado do piercing nos lábios.
E se sentou na minha frente.
Então eu caí.
Típico.
Me levantei, com o rosto quente, evitando olhar para ele.
Morrendo de vergonha, me sentei, tentando me concentrar na música.
Então ouvi alguns ruídos por cima da música. Será que ele estava falando comigo? Impossível. Porém ouvi de novo. Parei a música e olhei para ele. Sim, ele estava falando comigo.
Tirei os fones. "Desculpa, você disse algo?"
Ele deu um risinho de lado. Eu morri, mas em silêncio, obviamente. Não queria que ele reparasse que eu tinha morrido.
"Eu tinha perguntado se você estava bem" disse ele. Não, ele não disse. Ele cantou. Ele tinha uma voz grossa e rouca.
Uma voz... sexy.
Dei um risinho e disse, acenando com a cabeça, "Sim, estou bem. Não foi nada." -e voltei pra minha música.
Mas então ouvi ele de novo.
"Hm?" eu disse, observando-o com curiosidade, enquanto ele olhava pra mim.
"Eu perguntei que música que você estava ouvindo, mas se estou atrapalhando.."
Rapidamente, falei, com um risinho:
"Claro que não! Hum, não sei se você conhece a música que estou ouvindo... Chama-se Fluorescente Adolescent, do Arctic Monkeys..."
Fiquei observando a reação dele.
Ele sorriu. Sorriu mesmo. E levantou seu IPhone.
"É a mesma música que eu estou ouvindo."
Foi minha vez de sorrir.
Ele era tão lindo que eu me distraí e tirei a mão do cano em que eu me apoiava.
E então, a velocidade do metrô vezes a terceira lei de newton me fizeram cair.
Eu me assustei. Você não se acostuma a estar sozinha num metrô as 7 horas da noite e então um cara daquele tipo entrasse.
Segurando uma guitarra.
Foi a primeira coisa que vi. A guitarra, quero dizer. Foi como numa camera lenta. Lá estava eu, com meus fones de ouvido, ouvindo minha música preferida no momento (Fluorescent Adolescent, do Arctic Monkeys), refletindo sobre o quanto eu gosto de metrô (muito), quando paro na estação e as portas se abrem.
E eu vejo aquele cabo.
E então, a guitarra.
E então, ele.
Ele usava preto. Típico.
Cabelos castanhos, um pouco compridos. Meio gótico.
E ele me olhou. Cara, ele me olhou. Ele não passou os olhos por mim, ele me olhou. Como se me esperasse, como se soubesse que eu estava ali.
E, sob os olhos verdes semicerrados, um par de olheiras.
E sorriu.
De lado.
O lado do piercing nos lábios.
E se sentou na minha frente.
Então eu caí.
Típico.
Me levantei, com o rosto quente, evitando olhar para ele.
Morrendo de vergonha, me sentei, tentando me concentrar na música.
Então ouvi alguns ruídos por cima da música. Será que ele estava falando comigo? Impossível. Porém ouvi de novo. Parei a música e olhei para ele. Sim, ele estava falando comigo.
Tirei os fones. "Desculpa, você disse algo?"
Ele deu um risinho de lado. Eu morri, mas em silêncio, obviamente. Não queria que ele reparasse que eu tinha morrido.
"Eu tinha perguntado se você estava bem" disse ele. Não, ele não disse. Ele cantou. Ele tinha uma voz grossa e rouca.
Uma voz... sexy.
Dei um risinho e disse, acenando com a cabeça, "Sim, estou bem. Não foi nada." -e voltei pra minha música.
Mas então ouvi ele de novo.
"Hm?" eu disse, observando-o com curiosidade, enquanto ele olhava pra mim.
"Eu perguntei que música que você estava ouvindo, mas se estou atrapalhando.."
Rapidamente, falei, com um risinho:
"Claro que não! Hum, não sei se você conhece a música que estou ouvindo... Chama-se Fluorescente Adolescent, do Arctic Monkeys..."
Fiquei observando a reação dele.
Ele sorriu. Sorriu mesmo. E levantou seu IPhone.
"É a mesma música que eu estou ouvindo."
Foi minha vez de sorrir.
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